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Cabral critica relatório sobre violência de polícias
Documento diz que polícias do Rio e de São Paulo matam mais do que a dos EUA
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral criticou na manhã desta quarta-feira (9), o relatório divulgado na última terça-feira (8) pela ONG (Organização Não-Governamental) norte-americana de direitos humanos Human Rights Watch, que informou que as polícias do Rio e de São Paulo matam mais do que a dos Estados Unidos. Segundo ele, a entidade está tentando “escandalizar”.
– O relatório apresenta pouca proposição. Ele é uma tentativa de escandalizar. É óbvio que há problemas, o auto de resistência [mortes em confronto com a polícia] ainda é grande. Infelizmente, quando a polícia está numa operação não é recebida a flores, mas por marginais com armas de alto potencial. Isso deveria estar de alguma maneira no relatório deles
Cabral afirmou que a ONG deveria mencionar também pontos positivos do governo na área de segurança pública, como a implantação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) em favelas cariocas.
Para o governador, o Rio de Janeiro tem particularidades que a difere de outras capitais brasileiras e de países. Segundo ele, há territórios ocupados pelo crime organizado e que o poder público não consegue entrar em razão do descaso dos últimos governantes.
– Além de ver muito pouca coisa propositiva no relatório, também lamento que não tenham registrado nele as características específicas do Rio e o que está acontecendo de bom, como outras entidades internacionais e a imprensa já reconhecem. São dados estatísticos que não estão no relatório. Existem erros e abusos. Queremos ajuda para controlar os maus policiais, prendê-los e expulsá-los, mas também que nos ajudem a valorizar os bons policiais. Somos favoráveis à política mais ampla e irrestrita possível de direitos humanos
O relatório da Human Rights Watch mostra que as polícias do Rio e de São Paulo mataram 1.534 pessoas em supostos confrontos em 2008. O número é superior ao da África do Sul, que registrou 468 mortes em situação semelhante, e dos Estados Unidos, 371. Ainda segundo o documento, no ano passado, enquanto a polícia fluminense prendeu 23 pessoas para cada morto, São Paulo prendeu 348 e a polícia americana, 37.351.
R7
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