PARAÍBA
Agentes querem se equiparar aos delegados
Não há lei pra isso
PARAÍBA
Agentes de polícia do Estado da Paraíba insistem em divulgar que seus ‘salários’ devem acompanhar o ritmo dos rendimentos dos delegados. A sociedade paraibana fica confusa com tal argumento.
Isso acontece por que os agentes pedem aumento salarial com base em percentuais em cima do que recebem os delegados, ou seja, querem ganhar a metade da remuneração de um delegado, como se houvesse um vínculo financeiro de igualdade entre tais cargos.
O que a sociedade paraibana deve saber é que não existe lei ou norma alguma que autorize isso. É inconstitucional tal equiparação. Isonomia não se dá assim, pois os cargos são diferentes e as atribuições, obrigações, prerrogativas e requisitos para ser delegado são outros, diversos dos agentes.
Se isso persistir, todas as categorias de servidores públicos irão se comparar a outras. Daqui a pouco, delegado vai querer receber o mesmo que promotor e juiz de direito, ou policial militar vai querer o mesmo ‘salário’ dos agentes, ou professor vai querer o mesmo ‘salário’ do perito. É preciso produzir argumentos fortes e apoiados em fatos reais e jurídicos encontrados pelo Brasil, e não em situações isoladas.
Exemplo disso é o ranking remuneratório dos delegados da Paraíba. Estão em penúltimo lugar no país. Uma vergonha no Brasil. Já os agentes percebem de acordo com a média nacional. É claro que isso não é suficiente e que devem ganhar muito mais, pelo risco e peculiaridade funcional do trabalho exercido.
Em poucas horas o governo paraibano apresentará uma contraproposta para os delegados. Não deverá receber influência de outras categorias, possuidoras de características diferentes dos delegados.
Os delegados da Paraíba informaram ao Portal que utilizar esse método de equiparação somente prejudica a negociação promovida pelas entidades de classe que lutam em favor dos delegados através de inúmeras reuniões e ações. Exemplo claro foi a contabilidade feita pelas entidades sobre a possibilidade de atualização remuneratória dos delegados.
Misturar problemática de todos os servidores num mesmo assunto é temerário. O governo não pode usar tal expediente como desculpa. O resultado disso é um prejuízo imensurável para a população, pois a greve é uma ação extremamente prejudicial para todos, mas útil quando negociações não conseguem um denominador comum.
Redação PB
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