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Vídeo mostra momento em que embaixador russo é baleado na Turquia

por Editoria Delegados

Atirador abriu fogo contra o diplomata durante discurso em galeria de arte

O embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, morreu a caminho do hospital após ser baleado nesta segunda-feira (19) em uma galeria de arte em Ancara, de acordo com a agências de notícias turcas. Outras três pessoas ficaram feridas e o atirador foi “neutralizado” e morto.

 

O diplomata foi atingido enquanto fazia um discurso na exposição de arte na capital turca e foi encaminhado ao hospital, mas não teria resistido no caminho. Nenhum dos feridos está em estado grave, segundo o mininstro do Interior.

Mais tarde, o prefeito de Ancara, Melih Gokcek, afirmou em sua conta no Twitter que o atirador era um policial. A informação foi confirmada pelo ministro do Interior. A agência Reuters havia informado anteriormente que o atirador entrou na galeria com uma identificação da polícia.

Este ataque ocorre na véspera de uma reunião em Moscou entre os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Irã e Turquia para tratar sobre o cessar-fogo em Aleppo, ao norte da Síria.

 

 

Uma testemunha disse à Reuters que os barulhos de tiros duraram alguns minutos após o atentado. Um repórter do jornal turco Hurriyet informou que o agressor entoava “slogans islâmicos”. Segundo a Reuters, o atirador teria dito “Não esqueça Aleppo”.

 


Nascido em 1954, Andrei Karlov foi nomeado para o cargo em Ancara em julho de 2013. (imagem acima).

O presidente turco Tayyip Erdogan falou por telefone com seu colega russo Vladimir Putin sobre o caso, segundo o porta-voz presidencial Ibrahim Kalim, que não deu mais detalhes sobre a conversa.

“Nosso presidente da República falou por telefone com o presidente russo Putin para dar informações sobre o ataque”, disse Kalin, citado pela agência oficial Anadolu.

 

Repercussão

O ministério das Relações Exteriores russo, descrevendo o incidente como um “ato terrorista”. “Hoje, em Ancara, como resultado de um ataque, o embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, faleceu”, declarou a porta-voz do ministério, Maria Zakharova, em comentários televisionados, acrescentando que “qualificamos o que aconteceu como um ato terrorista”.

“Os assassinos serão punidos”, garantiu, segundo imagens da televisão pública Rossia 24.

A Rússia vai exigir a condenação deste ataque ante o Conselho de Segurança da ONU “ainda hoje”, disse ela. “O terrorismo não prevalecerá”, acrescentou, prestando homenagem a Karlov, “diplomata russo excepcional” e “personalidade que fez muito para lutar contra o terrorismo”.

O governo americano condenou o ataque, segundo nota oficial do Departamento de Estado.

Segundo o comunicado, Washington “condena este ato de violência, qualquer que tenha sido a origem. Nossos pensamentos e orações estão com ele (o embaixador Andrei Karlov) e sua família”.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o ataque: “É claro que condenamos o ataque contra o embaixador russo na Turquia. Nada justifica um ataque contra um diplomata”, disse Stéphane Dujarric.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, classificou o ataque de “covarde e desprezível”.

“Estou comovido após ter sido informado do desprezível assassinato do embaixador russo na Turquia. Meus pensamentos estão com sua família”, disse o chefe da diplomacia britânica em mensagem divulgada por meio das redes sociais.
A alta representante para a Política Externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, também condenou o ataque e expressou “solidariedade” à Rússia.

“A UE condena de maneira mais enérgica possível esse ataque contra o representante de seu país na Turquia”, indicou Mogherini em mensagem dirigida ao ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e divulgada em comunicado. “Queremos expressar nossa solidariedade com a Rússia esse ato criminoso de violência”, enfatizou Mogherini.

Guerra e Aleppo

As relações entre Moscou e Ancara estão abaladas há tempos em função da guerra, na qual turcos e russos apoiam lados opostos.

 

Ancara se opõe firmemente ao presidente sírio, Bashar al-Assad, enquanto o Kremlin vem mobilizando tropas e a Força Aérea em apoio ao líder sírio.

As tensões se acentuaram nas últimas semanas, quando forças sírias auxiliadas por Moscou se empenharam em assumir o controle da parte leste da cidade de Aleppo, desencadeando uma grande leva de refugiados.

Ainda não há confirmação se o atirador foi enviado por alguma organização terrorista. No entanto, militantes do Estado Islâmico têm estado ativos na Turquia e empreenderam vários ataques a bomba contra alvos turcos.

 

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G1

 

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